sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Brincadeira é coisa séria.






O brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Desde tempos remotos a brincadeira ou jogo já existiam. O brincar livre ou direcionado, coletivo ou individual, esta presente em todas as culturas, cada qual a seu modo. Ao brincar a criança cria e recria seu mundo, expressa seus sentimentos e emoções desenvolve seus sentidos, faz descobertas incríveis, internaliza valores, interage com o meio social e com o meio ambiente.


A professora da educação infantil tem o privilégio do contato com o cotidiano do universo infantil, e quando se envolve efetivamente com as crianças, podendo contribuir para que elas atinjam níveis mais ampliados em suas potencialidades nos aspectos; afetivo, motor, cognitivo e social.


As atividades lúdico-corporais no contexto da educação infantil não tem tido real valor, de um lado das instituições escolares, de uma parte considerável de professoras, privando com isto, tanto crianças quanto professores de atuar dentro do contexto maior e rico em possibilidades educativas.


As atividades lúdicas podem contribuir para que a escola se torne espaço de alegria, de soltura, de felicidade e da descoberta constante das potencialidades das crianças.
As crianças necessitam ter acesso ao conhecimento e ao domínio de suas relações através de corpo, imerso numa dimensão lúdica. Elas necessitam de estímulos para aperfeiçoamento e domínio de suas possibilidades corporais, como aspectos basilares para que o desenvolvimento educacional seja construído de forma contextualizada e possa atender e suas necessidades singulares, oriundas da fase de desenvolvimento em que as encontram.

Para muitos autores da pedagogia é por meio do brinquedo que a criança adquire a primeira representação do mundo. E de acordo com pesquisas mais recentes no campo da neurologia, a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento do ser humano.


“A imaginação é um processo psicológico novo para a criança; representa uma forma especificamente humana de atividade consciente, não está presente na consciência das crianças muito pequenas e está totalmente ausente em animais. Como todas as funções da consciência, ela surge originalmente da ação. O velho adágio de que o brincar da criança é imaginação em ação deve ser invertido; podemos dizer que a imaginação, nos adolescentes e nas crianças em idade pré-escolar, é o brinquedo em ação.”
(VYGOTSKY: 1989, p.106)

Em concordância com o autor, as atividades lúdicas corporais devem ser desenvolvidas nas escolas de educação infantil. Mas: necessitam ser trabalhadas no sentido de propiciar às crianças condições para que elas possam se relacionar entre si, com a sociedade em seu todo e com os objetos que as circundam, por meio de atividades que as levem a adquirir e aprofundar a consciência do próprio corpo, aperfeiçoamento dos movimentos, a estimulação dos sentidos, assim como o domínio das relações espaciais.


As crianças necessitam desenvolver e aperfeiçoar as mais variadas formas de movimentação de seu corpo no espaço, motivo pelo qual estejam presentes, em todo processo educacional, as atividades corporais que passam conduzi-las a adquirir o controle, o domínio e o desenvolvimento de capacidades corporais, quais sejam: conhecimento das diversas partes do corpo e suas possibilidades na construção da consciência corporal; noções de direção (direita, esquerda) e dominância lateral; andar, correr, saltar, trepar, engatinhar, quadrupedar, levantar, carregar, transportar, com as mais diversas variações rítmicas;


Assim, cabe aos adultos respeitarem esse momento tão prazeroso e de aprendizagem das crianças que é a brincadeira.

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"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda."

Paulo Freire

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