terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Aquarela

Homenagem ao maternal III B - turma de 2011 da professora Kátia

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Brincadeira é coisa séria.






O brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento integral da criança. Desde tempos remotos a brincadeira ou jogo já existiam. O brincar livre ou direcionado, coletivo ou individual, esta presente em todas as culturas, cada qual a seu modo. Ao brincar a criança cria e recria seu mundo, expressa seus sentimentos e emoções desenvolve seus sentidos, faz descobertas incríveis, internaliza valores, interage com o meio social e com o meio ambiente.


A professora da educação infantil tem o privilégio do contato com o cotidiano do universo infantil, e quando se envolve efetivamente com as crianças, podendo contribuir para que elas atinjam níveis mais ampliados em suas potencialidades nos aspectos; afetivo, motor, cognitivo e social.


As atividades lúdico-corporais no contexto da educação infantil não tem tido real valor, de um lado das instituições escolares, de uma parte considerável de professoras, privando com isto, tanto crianças quanto professores de atuar dentro do contexto maior e rico em possibilidades educativas.


As atividades lúdicas podem contribuir para que a escola se torne espaço de alegria, de soltura, de felicidade e da descoberta constante das potencialidades das crianças.
As crianças necessitam ter acesso ao conhecimento e ao domínio de suas relações através de corpo, imerso numa dimensão lúdica. Elas necessitam de estímulos para aperfeiçoamento e domínio de suas possibilidades corporais, como aspectos basilares para que o desenvolvimento educacional seja construído de forma contextualizada e possa atender e suas necessidades singulares, oriundas da fase de desenvolvimento em que as encontram.

Para muitos autores da pedagogia é por meio do brinquedo que a criança adquire a primeira representação do mundo. E de acordo com pesquisas mais recentes no campo da neurologia, a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento do ser humano.


“A imaginação é um processo psicológico novo para a criança; representa uma forma especificamente humana de atividade consciente, não está presente na consciência das crianças muito pequenas e está totalmente ausente em animais. Como todas as funções da consciência, ela surge originalmente da ação. O velho adágio de que o brincar da criança é imaginação em ação deve ser invertido; podemos dizer que a imaginação, nos adolescentes e nas crianças em idade pré-escolar, é o brinquedo em ação.”
(VYGOTSKY: 1989, p.106)

Em concordância com o autor, as atividades lúdicas corporais devem ser desenvolvidas nas escolas de educação infantil. Mas: necessitam ser trabalhadas no sentido de propiciar às crianças condições para que elas possam se relacionar entre si, com a sociedade em seu todo e com os objetos que as circundam, por meio de atividades que as levem a adquirir e aprofundar a consciência do próprio corpo, aperfeiçoamento dos movimentos, a estimulação dos sentidos, assim como o domínio das relações espaciais.


As crianças necessitam desenvolver e aperfeiçoar as mais variadas formas de movimentação de seu corpo no espaço, motivo pelo qual estejam presentes, em todo processo educacional, as atividades corporais que passam conduzi-las a adquirir o controle, o domínio e o desenvolvimento de capacidades corporais, quais sejam: conhecimento das diversas partes do corpo e suas possibilidades na construção da consciência corporal; noções de direção (direita, esquerda) e dominância lateral; andar, correr, saltar, trepar, engatinhar, quadrupedar, levantar, carregar, transportar, com as mais diversas variações rítmicas;


Assim, cabe aos adultos respeitarem esse momento tão prazeroso e de aprendizagem das crianças que é a brincadeira.

Educação Infantil




ALGUNS ESCLARECIMENTOS LEGAIS SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

EDUCAÇÃO INFANTIL COMO DIREITO:
De acordo com a Constituição Federal e a LDB, a educação infantil é:
· direito da criança (e da família)
· dever do Estado / Poder Público (e da família)
· não obrigatória (obrigatório é apenas o ensino fundamental, a partir dos 7 anos)
· gratuita nos estabelecimentos oficiais

EDUCAÇÃO INFANTIL NA LDB:
· recebe tratamento igual ao do ensino fundamental e do ensino médio, com capítulo próprio
· é definida como primeira etapa da educação básica
· sua finalidade é o desenvolvimento integral da criança, nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social
· é complementar à ação da família e da comunidade no desenvolvimento da criança, sendo, pois, necessária a integração escola-família-comunidade
· é oferecida em:
- creches ou entidades equivalentes para crianças de zero a 3 anos
- pré-escolas para crianças de 4 a 6 anos
(Essa abertura para o atendimento em entidades equivalentes à creche justifica-se pela necessidade de reconhecer a realidade preexistente à nova legislação, em que esse atendimento tem sido oferecido de maneira diversificada, em entidades comunitárias, empresas públicas ou privadas, entidades filantrópicas ou confessionais, ou, ainda, em casas de família, como no caso das mães crecheiras)
· a avaliação da criança deve ser realizada sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (Esse dispositivo justifica-se pela existência, após a Reforma de 1971, de classes de alfabetização em várias redes de ensino, como fase intermediária entre a pré-escola e a 1ª série, nas quais procedia-se à avaliação do aprendizado dos alunos inclusive para acesso à 1ª série do ensino de 1º grau)

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Inversamente à legislação anterior, a LDB (art. 9º, IV) prevê o estabelecimento de competências e diretrizes nacionais para a educação infantil. Em decorrência, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aprovou o Parecer nº 22/98 e a Resolução nº 1/99 que institui as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, para nortear a organização das propostas pedagógicas das instituições de educação infantil.
A CEB / CNE aprovou também o Parecer nº 4/2000 que dispõe sobre Diretrizes Operacionais para a Educação Infantil.

RESPONSABILIDADE PELA OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
De acordo com a CF, art. 211, § 2º, e a LDB, art. 11, V, a educação infantil constitui área de atuação prioritária dos Municípios. Dito de outra forma, constitui responsabilidade dos Municípios a oferta da educação infantil à população brasileira. (O ensino fundamental é competência compartilhada entre Estados e Municípios e o oferecimento do ensino médio é incumbência dos Estados.) Segundo a CF, art. 211, § 1º, e a LDB, art. 9º, III, a União tem a incumbência de prestar assistência técnica e financeira aos Estados, DF e Municípios para o
desenvolvimento de seus sistemas de ensino, exercendo função supletiva e distributiva (com
prioridade para o ensino fundamental). A União vem cumprindo essa determinação legal por meio de várias iniciativas do MEC:
· coordenação da elaboração de vários documentos, entre eles Referencial curricular nacional para a educação infantil (1998) e Subsídios para credenciamento e funcionamento de instituições de educação infantil (1998);
· em 2000, realização pelo INEP do primeiro Censo da Educação Infantil, cujos resultados preliminares, divulgados em setembro de 2001, permitem um diagnóstico mais preciso da educação infantil no País;
· promoção, com financiamento do FNDE, de programas para formação continuada com base no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, e liberação de recursos para ampliação e construção de novas escolas.

A EDUCAÇÃO INFANTIL E OS SISTEMAS DE ENSINO
A Constituição Federal, art. 211, caput, e a LDB, art.8º, caput, prevêem a instituição de sistemas municipais de ensino ao lado dos pré-existentes sistemas da União, dos Estados
e do Distrito Federal. Ao mesmo tempo, a LDB, art. 11, parágrafo único, possibilita aos
Municípios optarem por manter suas escolas integradas ao sistema estadual de ensino ou por compor com o Estado um sistema único de educação básica (essa segunda alternativa não está em uso). Assim, se no Município, o sistema municipal de ensino está instituído:
· as instituições de educação infantil municipais e privadas integram o sistema municipal;
· as instituições de educação infantil estaduais integram o sistema estadual de ensino.
Se no Município ainda mantém-se a rede municipal de ensino integrada ao sistema estadual de ensino:
· todas as instituições de educação infantil – estaduais, municipais e privadas – integram o sistema estadual de ensino. Em suas disposições transitórias, a LDB, art. 89, determinou que, no prazo de três anos (até dezembro de 1999), as creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão integrar-se ao respectivo sistema de ensino.
(Essa integração pressupõe que as creches devem vincular-se às normas educacionais do respectivo sistema de ensino, contar com a presença de profissionais da educação em seus quadros de pessoal e estar sujeitas à supervisão pedagógica do órgão responsável pela
administração da educação.)


FONTE: Consultoria Legislativa. Educação Infantil No Brasil:
Legislação, Matrículas, Financiamento E Desafios. Disponível em: http://www2.camara.gov.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/tema11/pdf/2004_10128.pdf Consultado em 25.Nov.2011.




quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educação Ambiental

Trabalho elaborado e realizado pelas professoras Kátia Martins, Patrícia Cabral e Valdilene Fernandes, com apoio da professora Silvia, supervisora Tatiana e diretora Maria Helena. Este trabalho foi desenvolvido na Escola Municipal Doutora Dâmina no perído de 15 dias, sendo o mesmo parte da disciplina Metodologia do Ensino Fundamental, do curso de Complementação Pedagógica da Universidade Federal de Ouro Preto.


O surgimento da questão ambiental como um problema que afeta o destino da humanidade tem mobilizado governos e sociedade civil. Assim que tipo de educação ambiental a instituição educativa tem oferecido as crianças? Qual a ótica das crianças em relação ao meio ambiente e sua conservação? Pensando nessas questões, para que possamos estimular a reflexão das crianças bem como a desenvolver ações positivas em relação ao meio ambiente elaboramos um plano de ação cujo tema é “Criança e a natureza; Brincando e aprendendo se faz a educação”.

Justificativa
O futuro está em nossas mãos e na de nossos pequeninos, por isso a importância de conhecer e preservar a natureza, assim como, as formas de vida e sua sobrevivência, vivenciando a alegria da chegada da primavera com a presença multicolorida das flores, levando a criança a contemplar as suas maravilhas e o bem-estar que a convivência da natureza proporciona e principalmente o quanto é ela é essencial para os seres humanos.
Considerando que a escola seja um veículo de grande poder de transmissão de pensamentos e
auxiliadora no processo de construção de conhecimentos, esse projeto visa à aprendizagem do educando através do brincar e aprender de uma forma lúdica e construtiva, visando à socialização do fazer pedagógico. Assim desenvolvemos uma proposta pedagógica que propicie novas vivências as crianças.

Objetivos:
*Conscientizar a criança da importância do meio ambiente e como o ser humano está envolvido nesse meio;
*Promover a socialização e a integração, escola, educando, família e comunidade, de uma forma lúdica proporcionando momentos de construção de conhecimento e aprendizagem.
*Despertar o interesse pela preservação do meio ambiente, assim como, as formas de vida e sua sobrevivência;
*Conhecer as estações do ano;
*Apreciar e valorizar a natureza que nos rodeia;
*Cuidar das plantas;
*Conhecer as partes de uma planta e como plantá-la;
*Trabalhar as cores, formas e texturas;
*Desenvolver o raciocínio lógico matemático;
*Desenvolver a socialização, incentivando o trabalho em grupo;
* Desenvolver a linguagem oral;
*Ampliar o vocabulário;
*Estimular a opinião e o espírito crítico através de perguntas e conversas;
*Despertar “gostos” pelas brincadeiras, músicas e danças;
*Proporcionar o contato com diversos materiais;
*Estimular a criatividade e imaginação através de atividades relacionadas ao tema;
*Desenvolver e trabalhar a coordenação motora ampla e fina;
*Produzir trabalhos, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação;
*Desenvolver e estimular a expressão corporal;
*Cuidar e valorizar os livros;
*Estimular o gosto pela leitura.

Conteúdos:
Datas comemorativas: dia da árvore, início da primavera. Cor, forma e textura; Noção de quantidade; Motricidade ampla e fina; Discriminação auditiva e visual; Expressão oral; Esquema
corporal; Ritmo e dança; Artes plásticas; Dramatização e criatividade;

Disciplinas envolvidas:
- Português: ( Produção de texto;Ortografia; Interpretação de texto.)
- Artes: (Pinturas,
criatividade; Cores, formas e texturas.)
- Matemática: (Noção de
quantidade; Raciocínio lógico matemático.)
- Ciências:
(As partes de uma planta; Como é que ela nasce; O que ela precisa para viver.)

Metodologia/ Procedimentos
A metodologia utilizada para execução do presente projeto valerá de atividades coletivas e individuais; pesquisas em livros, revistas e jornais, músicas, histórias, teatro, passeio pela escola e registros escritos e fotográficos. Seguem abaixo os procedimentos metodológicos.

- Conversas e debates relacionados ao tema: dia da árvore, primavera, preservação do meio ambiente;
- Desenhos e pinturas relacionados ao tema;
- Técnicas de pintura;
- Músicas relacionadas ao tema: “A sementinha – Aline Barros”, “Criança feliz”, e músicas de animais;
- Dramatização: Teatro: Fofinha a sementinha
- Dê as Três diferenças;
- Histórias em seqüência: “A árvore”, “A sementinha”; Mural árvore de ipê: Copa- de forminhas amarelas com o nome da criança; Tronco- feito com pontas de lápis;
- Poesia: Leilão de jardim;
- Construir coletivamente um brinquedo com materiais reciclados;
-Produção de texto Se eu fosse uma árvore...
O professor pede para que osalunos fechem os olhos e ele vai dizendo:
_Pense que você é uma árvore...
_ Você produz flores e frutos?
_O que será que vive nos seus
galhos?
_ Agora vocês vão abrir os olhos e
cada um irá desenhar a sua árvore.

O projeto foi divulgado na praça central do município no dia da árvore juntamente
com outras instituições, como escolas, polícia florestal e ONGs de preservação
do meio ambiente. As famílias das crianças foram convidadas para irem até a
praça naquele dia para verem os trabalhos realizados.


ANEXOS


sábado, 8 de outubro de 2011

Semana da criança 2011

A semana da criança foi comemorada com muita alegria pelos professores e professoras da Escola Municipal Itália Cautiero Franco - Caic. As crianças assistiram várias apresentações artísticas como circense, teatral, musical e contos de história com avental. Ainda teve cineminha no telão, baile a fantasia, piquenique e lanche especial durante toda semana. As professoras e professores ofereceram saquinhos de surpresa recheados de delícias. Nossa querida diretora presenteou todas as crianças com bolas coloridas. Foi uma semana muito especial e cheia de surpresas.
Ser criança - Gilberto Reis
"Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida , todos os dias.
Ser criança, é o que a gente nunca deveria deixar de ser."
Segue abaixo alguns registros dos melhores momentos da semana da criança no Caic/2011...


































quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sexualidade e Gênero na Infância: possibilitando novas experiências.

Kátia B. Martins

Infelizmente os aparatos culturais, na maioria das vezes têm trago consigo, bem como reproduzido conceitos ultrapassados em relação aos papéis do homem e da mulher na sociedade atual, onde os homens ocupam papéis superiores ao das mulheres e consequentemente, as mulheres ocupam papéis inferiores, submissos, que ridicularizam e denigrem sua imagem. "Num momento tão relevante para a construção da identidade, como a faixa etária de zero a seis anos, isso significa no mínimo o não-oferecimento de oportunidades para experiênciar um papel de gênero diferenciado das representações mantidas pelo senso comum."(Cruz, 2010. p.76)

Caberia então a escola, como reprodutora de valores, fazer sua parte através de propostas de intervenções pedagógicas, possibilitando aos seus alunos e alunas refletirem e experiênciarem novas vivências em relação aos papéis de masculino e feminino na sociedade.

Os aparatos culturais podem ser um forte aliado da escola, desde que seu conteúdo seja previamento avaliado por profissionais capacitados, considerando até que ponto a simbologia e representações legitimam o processo de constituição de subjetividades, que relações de poder podem ser exercidas ou percebidas nos mesmos, etc. Enfim, são inúmeros os aparatos que podem ser adequadamente utilizados nas escolas afim de levarem as crianças a constituirem suas identidades e subjetividades dentro de parâmetros coerentes que condizem com as mudanças e trasnformações da sociedade comtemporânea, tornando-se cidadãos e cidadãs de bem, democráticos(as), dotados de razão e capacidades para fazer escolhas éticas, conscientes e críticas.

Assim sendo, trago uma sugestão para trabalhar essas questões de gênero e sexualidade na educação infantil, lembrando que esses saberes estão rizomaticamente ligados um ao outro. O título abaixo é uma história sobre pés que foram questionados acerca de sua identidade e lugar no mundo. Será que pés delicados são sempre das meninas e pés grandes são sempre dos meninos? Os pés revelam quem somos, ou o que queremos ser?

Referências Bibliográficas:

CRUZ, Elizabeth Branco. "Quem leva o nenê e a bolsa?" O masculino na creche. In: Compilado de textos: Projeto Tecendo Gênero e diversidade Sexual nos Currículos da Educação Infantil. MEC/SECAD - Coordenação geral: Professoras Doutoras Cláudia Maria Ribeiro e Ila Maria Silva de Souza - UFLA/DED. Lavras, 2010.



"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda."

Paulo Freire

Grata pela visita

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