quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

De onde eu vim?

Kátia Batista Martins

É muito comum na educação infantil que as crianças demonstrem curiosidades com relação aos seus corpos, suas diferenças e semelhanças e de onde vieram. De acordo com a Profª Drª Cláudia Ribeiro da Universidade Federal de Lavras, é importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se dando.
Ás vezes, alguns pais querem se livrar logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança, na tentativa muitas vezes frustrada de que nunca mais vão precisar falar sobre o assunto. Quando uma criança pergunta por exemplo, como o bebê foi parar na barriga da mãe não quer dizer que ela queira ou deseje saber detalhes com relação ao ato sexual dos pais. Responder a criança de maneira simples, clara e objetiva satisfaz sua curiosidade. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto que a não satisfação ou o excesso de informações gera ansiedade e tensão.

Os livros infantis podem ser aliados da prática pedagógica, desde que sejam previamente selecionados por profissionais capacitados.
Eu e as sementinhas (Resumo)
Um menino usa a imaginação e volta para a barriga de sua mãe. Nesse momento, o pequeno garoto cria sua própria história, comparando seu crescimento com o das sementes, descobrindo a magia da vida, com cores e formas diferentes.






Iustração da história feita pelas crianças do maternal (3 e 4 anos)







































































quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dobraduras

Profª. Dr. Lígia Maria Leão de Aquino
(Universidade Estácio de Sá)

O Origami, arte milenar japonesa, oferece recursos para auxiliar o desenvolvimento cognitivo motor de todo aquele que dele se utiliza, por ser um fascinante mundo de criação. Seu uso milenar tem contribuído para o desenvolvimento e melhor qualidade de vida para o ser humano. Seu uso e aplicação enquanto técnica pode auxiliar e contribuir para o desenvolvimento infantil.
Esta técnica das dobraduras de papel auxilia ao professor de educação artística, pois desperta nas crianças a construção da identidade cultural, com trabalhos sistemáticos a respeito das diversas culturas, para criarem objetos artísticos e decorativos para a sala de aula, que podem ilustrar a narração das histórias, lembrar eventos comemorativos e principalmente ser um momento de concentração, criação e divulgação de uma arte, como bem coloca Iavelberg (2003),
“Sabe-se que a formação cultural é indispensável, porque remete o professor e o aluno à única forma possível de aprender, que é o criar” (SANS, 1994) .Assim, o Origami pode ser utilizado em sala de aula motivado, tanto pelos alunos como pelo educador para o conhecimento da cultura local e da cultura artística mundial.
Foi Friederich Froebel (1782-1852) quem pela primeira vez utilizou desta arte obtendo sucesso junto à sua turma de educação infantil, ao usar as dobraduras iniciais em sua prática pedagógica, onde usa esta arte nas salas de aula com toda a filosofia de educação ocidental, que nasce suas pretensões alterar ou substituir o ensino tradicional da Educação Infantil e do Ensino Fundamental existentes, com isso houve mudanças positivas na educação. A criança é que tem que estar agindo para aprender e escolher o caminho a seguir a partir da imaginação e do seu potencial.
A partir de então, o uso das dobraduras de papel passou a ser difundindo na Europa onde essa prática já era passada pelas mães que ensinavam seus filhos.
No Ocidente, a partir da década de 50, a arte do Origami cresceu significativamente. O número de crianças que já praticavam em salas de aula, já pesquisava seu valor e significado sócio-histórico que foi comprovado e reconhecido nas suas particularidades e diferenças étnicas.
Sua utilização na cultura local também pode ser vista, através de uma peça que retrate a história do país divulgando, assim, a cultura local de forma criativa e motivadora. (SÁ, 1997)
É provavelmente este o caminho que mais de perto os professores deverão seguir, se utilizando desta técnica japonesa, que atualmente está presente no mundo todo, mas que ainda não tem o seu valor cultural milenar considerado. Como dizem os Parâmetros Curriculares Nacionais:
“O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais , das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida.” (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1996)
As dobragens praticadas em grupo permitem o debate de idéias, o esclarecimento de conceitos e o desenvolvimento de estratégias individuais e coletivas. Acredita-se serem estas atividades de aprendizagem que rentabilizam a autonomia e a responsabilidade do aluno. Além disso, permitem o desenvolvimento da criatividade, da concentração e persistência, capacidades fundamentais para cada vez mais eficiente e eficaz no seu dia a dia.
1.2 O que dizem os PCNs sobre o ensino de artes .
A arte nos Parâmetros Curriculares Nacionais têm como objetivo:
“Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações”.(PCN,1997,p. 5)
Como dizem o PCNs, nós, educadores, devemos ter um conhecimento maior das artes, de outras nações e de outros povos, tal como as dobraduras de papel, que pode também ser usado para desenvolver a concentração, a motricidade fina e a partir disso, podermos construir o nosso dia-a-dia na sala de aula com os nosso alunos mais interessados e com um melhor desenvolvimento.
“Conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura á riqueza e á diversidade da imaginação humana.” (PCN,1997,p.19 )
O Origami pode ser usado para diversos fins, mas um dos principais é o educativo, pois quem o executa desenvolve diversas habilidades, tais como a autonomia (por ler e executar sozinho), a concentração (para conseguir fazer,) a memória (lembrando os passos sem o diagrama), a criatividade, em que local colocará (como também as figuras e as cores das peças), a seqüência dos movimentos, a motricidade fina, a execução coletiva na troca dos conhecimentos da arte das dobraduras de papel.
Olhar e entender as possibilidades do Origami como alternativa de trabalho pedagógico me parece muito importante.

Referências Bibliográficas
IAVELBERG, Rosa. Arte, educação e cultura na formação dos professores de arte, São Paulo, 2003
SÁ, Dário de, Origami : arte Japonesa em dobras de papel , 12ª edição, Editora Ediouro, Rio de Janeiro, 1997
SANS, Paulo de Tarso Cheida. A criança e o artista; fundamentos para o ensino das artes plásticas, Campinas , SP , Papirus, 1994

Segue abaixo o portifólio desenvolvido pelas crianças da terceira etapa (5 e 6 anos) em 2007 na Escola Municipal Itália Cautiero Franco – Caic com a professora Kátia Batista Martins.

























A Arca de Noé de Vinícius de Moraes e Toquinho





































































"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam pouco a sociedade muda."

Paulo Freire

Grata pela visita

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