A criança aos três anos
DESENVOLVIMENTO FÍSICO MOTOR:
- continua aprendendo a dominar os músculos maiores , por meio de atividades repetidas;
- sente prazer em correr e pular;
- no desenho, encontra-se na fase da rabiscação celular (começam a aparecer as primeiras formas circulares, ainda sem intenção definida);
- geralmente tem controle esfincteriano;
- pode agarrar bolas grandes com as duas mãos;
- pode construir uma torre em torno de dez blocos;
- pode abotoar, mas não desabotoar.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
- começa a formar sentenças mais longas, com três ou quarto palavras;
- gosta de perguntar e repete constantemente as mesmas perguntas não só para confirmar as informações recebidas, como pelo prazer do diálogo;
- só ouve e compreende de fato o que lhe é dito diretamente;
- gosta de inventar nomes para pessoas e objetos;
- gosta de inventar histórias, que conta como verdadeiras, sem intenção de mentir;
- pode comparar tamanhos;
- começa a usar números com significados;
- começa a aprender cores e figuras;
- a duração da atenção depende do interesse na atividade;
- pode aprender semelhanças e diferenças;
- pode lembrar e seguir ordens de dois passos (duas etapas);
- começa a entender direções (em baixo, em cima);
- interessa-se pelo funcionamento das coisas e como elas são usadas;
- começa a interessar-se por usar palavras que definem tempo (merenda, recreio, parquinho);
- pode falar até dez, embora só possa contar até dois objetos;
- começa a entender o significado de mais.
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL
- gosta de falar, usa palavras corretamente e relaciona palavras com ações;
- o vocabulário é geralmente de 750 palavras;
- entende e usa palavras abstratas (em cima, em baixo, agora, depois);
- expressão comum: “Eu não sei.”;
- Ri muito;
- gosta de cantar;
- conversa com adultos, mas nem sempre está interessada em suas respostas;
- responde corretamente quando lhe perguntam o que faz uma criança com fome, frio ou cansada.
DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL
- pode algumas vezes usar palavras para expressar sentimentos;
- às vezes faz birra;
- pode ter ciúme duradouro;
- mostra crescer em independência, ressentindo interferências;
- pode liberar raiva por meio de uma atividade física;
- está mais aberta a falar palavras;
- gosta de elogios e aprovação;
- busca mais amizades com adultos e crianças, mas ainda gosta de brincar sozinha;
- torna-se perceptiva e reage a expressões de outros;
- começa a entender o significado de certo e errado;
- gosta de agir e fazer atividades de adultos (jogos dramáticos);
- mostra confiança e amor com palavras e ações;
- pode ter um companheiro de brincadeira – imaginário, coisas imaginárias parecem ser bem reais;
- aparecem sentimentos de medo (cachorro, escuro, etc);
- não aceita alterações em sua rotina, o que ocasiona conflitos com outras crianças e com adultos;
- fala sozinha, praticando a linguagem e dando forma a imaginação;
- aparecem as dificuldades para a alimentação e o sono.
Dialogando com os pais:
- Perguntem-me o que fiz na escola, encorajem-me, sem insistir, para que eu conte algo. Mostrem interesse sincero por tudo quanto eu relatar.
- Não discriminem se eu ainda não fizer muita coisa; não caçoem de meus enganos: valorizem, antes de tudo, meus esforços.
- Falem sempre da minha escola com carinho.
- Não falem de meus problemas na minha frente.
- Ensinem-me a ser bastante assíduo e chegar pontualmente na escola.
- Não deixem de me buscar na hora certa, pois, se me sentir abandonada(o), posso ter medo de voltar a escola.
- Sempre que possível um de vocês esteja em casa quando eu chegar.
- Não dêem muita importância ao fato de minhas “lições” não serem perfeitas, mas sim a forma de conceitos e hábitos que estou adquirindo.
- Meu progresso e o do meu colega, ou mesmo o do meu irmão ou irmã, não devem ser comparados, pois sou uma pessoa com características próprias.
- Esses lembretes são a chave para meu desenvolvimento.
Referências Bibliográficas
Crescer Sabendo Ser - Maternal. Ed. Fapi.